terça-feira, 19 de outubro de 2010

Limbo

Hoje foi tão fácil que não ias acreditar, esqueci-me completamente de anos da minha vida, que existias sequer. Os olhos já não sabem a sal mas agora a tua boca sabe a lixo, foi o preço que tive de pagar para te eliminar. Rapidamente as raízes da tua fala me apertaram o cérebro e ainda com mais velocidade o mataram. Quão baixo conseguimos descer? O limbo parecia um perfeito vício mas agora voltou tanto tudo ao normal que me vou tornar vegetariana, a tua carne comeu a minha e já não me posso alimentar da tua, nem de ninguèm. Passas de Johnn Lennon a Ringo Star no ápice.
A tua loucura de plástico é compatível com as barras de ferro do meu lado esquerdo, que agora me prendem a visão dos teus pulmões a encherem-se no rio. Essa loucura agarra-se ao teu corpo e não te deixa voltar à superfície, era tudo o que eu queria, ver-te vomitar os pulmões no clímax da tua vulnerabilidade.
Já nem sei quem foste, muito menos quem és.. Esforcei-me tanto para esquecer e agora não me consigo lembrar, nem de mim, e não podia ser mais perfeito.

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