domingo, 17 de outubro de 2010

Prova lá que consegues fazer isto

Desde que tudo acabou, algo começou.. Futilidades são o que não falta, e o que há de mais fútil que um blog? Só te queria agora arrancar os braços e lamber-te os olhos. Na nossa vulnerabilidade completa, é aí que eu te conheço, e foi aí que nos perdemos.. Ser vulnerável assusta, quando não se sabe controlar, demasiado sal não é bom mas é aliciante, e pertuba-te a mente. Quando os arames me furaram os ombros senti-me completa como nunca me senti, pensei que desde que eles nunca saiam eu consigo-me manter em pé, mas tens que ser tu a puxá-los, eles são demasiado grandes e os meu braços demasiado pequenos. Largaste os arames porque viste os meus braços débeis, eles não conseguem agarrar nada, nem sequer tocam, e eu caí na merda com os ombros todos furados. Quando as mãos encontram as costas os braços sentem-se presos, fúteis. Voltámos atrás no tempo, adoraste arrancar-me os braços e lamber-me os olhos... Agora os meus olhos sabem a sal, e a boca sabe a lixo, enquanto que tu continuas perfeito e intocável na tua completa ascenção para o chão. Eu sei que o paradoxo é uma antitese, mas aquela cama fazia mesmo imenso barulho no teu corpo e dormir no sofá nunca soube tão bem, mesmo se me sufocares de amarelo. Cair naquele chão lixou-me os ombro todos, já completamente furados...

1 comentário:

  1. Eu nao qero que sejas Ninguém. Ninguém existe e é perfeito. Quero que tu sejas alguém e nao Ninguém.

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